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Comunidade LGBT promove ‘Copa do arco-íris’ contra homofobia na Rússia

Genilson Coutinho,
19/06/2018 | 09h06

Reprodução

Esporte IG

A  Copa do Mundo começou na ultima  quinta-feira (14) na Rússia e, com ela, teve início também uma ‘segunda copa’. Trata-se da ‘Rainbow Cup’, uma campanha de protesto e resistência da comunidade LGBT contra a homofobia no país-sede do Mundial.

De acordo com informações da agência Ansa , um grupo paramilitar de Rostov, cidade que será palco da estreia do Brasil na Copa, chegou inclusive a prometer patrulhar as ruas para impedir que casais homossexuais troquem carícias em público, como beijos, abraços ou até mesmo andar de mãos dadas.

O Ministério das Relações Exteriores brasileiro até mesmo divulgou um guia desaconselhando demonstrações públicas de afeto entre pessoas do mesmo sexo . “Não são comuns na Rússia manifestações intensas de afeto em público. Em particular, recomenda-se à comunidade LGBT evitar demonstrações homoafetivas em ambientes públicos, que podem ser consideradas ‘propaganda de relações sexuais não tradicionais feita a menores’ e enquadradas em lei que prevê multa e deportação”, diz o manual do Itamaraty.

Bandeiras de arco-íris são permitidas durante o Mundial

Apesar de todas as restrições, excepcionalmente durante a Copa, os turistas que estiverem em solo russo poderão erguer bandeiras de arco-íris, símbolo dos direitos dos homossexuais. “Usar símbolos coloridos não será proibido. Obviamente, vocês poderão vir aqui sem ser multados por expressar seus sentimentos”, afirmou Aleksei Smertin, membro da União de Futebol russa.

É baseada nessa permissão que a Rainbow Cup ganhou força nas redes sociais, uma vez que a comunidade LGBT consegue por meio dessa campanha expor seu orgulho sem correr o risco de represálias violentas, situação que é comum na  Rússia .

https://www.instagram.com/p/Bj5WBEHDqUE/?taken-by=the_rainbow_cup