37% dos brasileiros não aceitariam filho homossexual, diz pesquisa

Genilson Coutinho,
31/05/2013 | 13h05


Uma pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular aponta que 37% dos brasileiros ouvidos não aceitariam ter um filho ou filha homossexual.
Segundo o levantamento, 38% também se disseram contrários ao fato de casais do mesmo sexo terem os mesmos direitos de “casais tradicionais”.
O Instituto Data Popular, uma entidade privada de consultoria, informou ter ouvido 1.264 pessoas em todas as regiões brasileiras, no primeiro trimestre de 2013. Segundo a empresa, o objetivo era saber qual era a opinião dos entrevistados sobre assuntos relacionados a homossexualidade e ao acesso a direitos civis por casais de mesmo sexo no Brasil.
O resultado, diz o Data Popular, mostra que o preconceito contra homossexuais ainda é alto e que, também, a rejeição é maior dentre os homens
Segundo o Instituto Data Popular, a primeira pergunta no levantamento era se o entrevistado concordava ou não com a frase “Não aceitaria ter um filho ou uma filha homossexual”. No geral, 37% responderam que concordavam com a afirmativa. Dentre os homens, a taxa ficou em 45%. Já entre as mulheres, a rejeição a filhos homossexuais caiu para 35%.

Se analisada a divisão por idades, a rejeição a um filho homossexual ficou maior entre os entrevistados com 50 anos ou mais – 46% disseram que não aceitariam.
A segunda pergunta feita foi em relação à universalização dos direitos civis para casais de mesmo sexo. O resultado apresentou nível de rejeição é semelhante, informa o Instituto Data Popular.
Disseram-se contrários que à equiparação dos diretios 38% dos entrevistados. O percentual ficou maior quando se analisa só as respostas dos homens: 47%. Já entre as mulheres a rejeição foi de 35%.

Para Renato Meirelles, sócio diretor do Instituto Data Popular, “os números reforçam que o preconceito da sociedade para com os homossexuais existe, tanto dentro de casa, quanto fora dela”, divulgou a entidade.
O Brasil tem mais de 60 mil casais homossexuais, segundo dados preliminares do Censo Demográfico 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com informações do G1