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17ª Parada LGBT da Bahia: “Adeus trio elétrico”, diz presidente do GGB

Genilson Coutinho,
12/09/2017 | 14h09
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Foto: Genilson Coutinho

As polêmicas e críticas sobre a Parada LGBTI da Bahia que aconteceu no último domingo (10), em Salvador, tem refletido nas ações do Grupo Gay da Bahia, que promete reunir a militância para construção da próxima edição.

Na tarde desta terça-feira (12), Marcelo Cerqueira, presidente do Grupo Gay da Bahia escreveu: “17ª Parada – adeus trio elétrico. Inovação radical”, postou ele.

A publicação já vem movimentando a página com sugestões de novos formatos e sobre a retirada dos trios no circuito.

Agora é aguardar os próximos rumos dessas mudanças que há tempos tem sido o desejo dos LGBTs.

O jornalista Tedson Souza lamentou a saída dos trios e escreveu:

“O Trio Elétrico é o que temos de melhor. Como senti falta do trio na Parada de Nova York. Os carros alegóricos de madeira eram horrorosos.

O Estado da Bahia e a Prefeitura de Salvador precisam colocar o exercito de serviços que disponibilizam para fazer a segurança das festas populares frequentadas pelos brancos de classe média alta da cidade como a Lavagem do Bonfim, a Festa de Iemanjá e Carnaval para trabalhar no domingo da Parada. A Polícia Militar e a Guarda Municipal precisam tratar LGBTs, Negros e periféricos com respeito e dignidade.  A decadência da Parada LGBTI de Salvador é uma prova do racismo institucional praticado pelo poder público.

Por fim, os discursos racistas e higienizadores que eu vejo nas redes sociais me deixam muito assustado. Desejo vida longa para essa Parada que a meu ver é a melhor do mundo, por ser carnavalizada e única.”

Diante das críticas, Marcelo justificou a saída dos trios como a solução para diminuição dos assaltos durante o evento.